Coroico, Bolívia

A primeira visäo que se tem de La Paz impressiona: a cidade trepa pelas montanhas que a rodeiam, fazendo-a parecer gigante.


Assim que se pöe um pé fora do autocarro, o que impressiona é o caos urbano. Cada condutor interpreta à sua maneira o código da estrada, e junto com o manípulo das mudanças parece haver uma buzina incorporada. É um festival de apitadelas constante.

Decidimos com o Emi deixar La Paz para depois e partimos para Coroico, a 3 horas de distância, área de floresta sub-tropical. A estrada que teriamos que fazer é a "estrada da morte", que mais tarde descemos em bicicleta.

A viagem para Coroico foi feita numa carrinha de 9 lugares com 12 pessoas, 11 das quais passaram metade da viagem a comer frango frito com as mäos. A vontade de vomitar foi constante, mas lá conseguimos chegar intactos, superando a primeira travessia da assombrosa estrada.



Coroico é uma pequena aldeia, situada no meio das montanhas, que têm uma diversidade de fauna e flora alucinante: café, bananais, mangas, abacates, borboletas de todas as fomas e feitios, cascatas, rios, condores...


Ficámos num hostal algo afastado da aldeia, mas que valia os 20 minutos de caminho: estava situado no seio da floresta, com grandes vistas sobre as montanhas e o vale.
O único senäo foi um "pequeno" equívoco: afinal para fazer a excurssäo de bicicleta tinhamos que a contratar em La Paz, e näo em Coroico. Lá andámos de um lado para o outro a tentar encontrar alguém que nos fizesse a excurssäo desde aqui, e conseguimos. Tinhamos "apenas" que estar no cimo da montanha às 9 da manhä. Aí juntávamo-nos com o grupo que vinha de La Paz e desciamos outra vez para Coroico de bicicleta.

Assim, marcámos a descida para 2a feira, e domingo fizemos um treccking com um guia para Rio Negro, uma cascata que cai bem no fundo do vale. Pelo caminho o excelente guia, engenheiro agrónomo, foi-nos explicando a diversidade que a floresta sub tropical oferece à zona.

E chegou o dia da descida de bike. Chegámos ao topo (novamente de carrinha) com uma hora de atraso, quase a ponto de perder a excursäo. Equipámo-nos, subimos para as bicicletas, e descemos durante 4 (rapidíssimas!!) horas dos 4000 e tal metros para os 1000, sempre a rasgar nas bicicletas, passando por chuva, sol, frio, calor, calafrios e muita, muita adrenalina!

INESQUÉCIVEL!

Terminámos a descida novamente em Coroico, e aproveitando a boleia da carrinha de apoio das bicicletas, fomos para La Paz. Resumindo, fizemos a estrada 3 vezes de carrinha, uma de bicicleta. =)

Praça central de Coroico


a cascata do Rio Negro

numa plantaçäo de coca

a estrada da morte!