quinta-feira, 18 de março de 2010

Uyuni, Bolivia!

Após a estadia em Cafayate, partimos no domingo à tarde com uma convicçäo: apanhar o comboio em Villazón, na fronteira já do lado da Bolívia na segunda à tarde, rumo ao salar de Uyuni.

Partimos com o Jordi, de quem nos despedimos na terminal de Salta, seguindo depois para Jujuy e em seguida para a fronteira. Mais uma viagem a todo o gás, que nos deixou na fronteira com a Bolivia às 5 da manhä.

À medida que fomos subindo, a Bolivia sentia-se cada vez mais: feiçöes indígenas, pobreza latente, instalaçöes precárias. Na terminal de La Quiaca, do lado Argentino, conhecemos o Emiliano, argentino de Buenos Aires, de quem ficámos muito amigos. Acabámos por viajar juntos durante uma semana na Bolivia.

Cruzar a fonteira foi uma emoçäo, finalmente embarcávamos para outra aventura, numa outra realidade! Cem metros para o outro lado esperáva-nos um novo país, uma nova cultura e uns preços cada vez mais baixos!

A primeira missäo foi conseguir bilhetes para o comboio da tarde (säo escassos e esgotam depressa). Missäo cumprida, em primeira classe (10 euros) e 12 horas de viagem pela frente, com o comboio Wara Wara del Sur a uns estonteantes 30 km/hora (nos momentos de embalo).

Chegámos a Uyuni às 3 da manhä, e no hostal que o Emi tinha referênciado dormimos e reservámos a excurssäo de 3 dias pelo salar de Uyuni e pelo deserto de Siloli.

Às 11h da manhä seguinte, subimos para o jeepe com o nosso guia Omar, à descoberta do sul da Bolívia.

No nosso jeepe armou-se um belo grupo: Eu, a Laura, o Emiliano, o Steve (Australiano), o Joe e a Kim ( Americanos). Com eles passámos 3 dias de aventuras, sorrisos e algumas desilusöes: o salar estava com muita água, devido a recentes chuvadas, e acabámos por passar pouco tempo aí. Mas o deserto tem igualmente paisagens incríveis, vulcöes, lagoas de distintas cores, muitas com flamingos, águas termais, pedras com formas estranhas...muito para ver e disfrutar a bordo do 4x4.


Na fronteira. Aqui vi um cäo tenta o suicídio, atirou-se pela ponte com mais de 10 metros de altura. Sobeviveu com saúdinha...



O Comboio. a 1a classe é 1a porque há um banco só para nós...imagine-se as outras caruagens..



O salar



a folha de coca, produto boliviano por excelência, que ajuda a suportar as alturas. Näo é droga! =)


Steve & Joe: Ilusäo óptica da transferência de água de um garrafäo para a garrafa, or something else?


No deserto de Siloli, os Beattles das Lamas. Aqui falta a Kim =)

o grupo!

A primeira noite dormimos nesta aldeola, num hostal/casa de família. À noite todos, menos a Kim, subimos este monte para ver as estrelas. um céu incrível. Estávamos a cerca de 4000m de altitude, e qualquer caminhada nos deixava ofegante. Depois de subir e descer o monte, chegámos mortos à cama. E eis que me dou conta que deixei a máquina lá em cima, junto à cruz que se vê na foto. No outro dia de manhä, 6 a.m., lá fui eu buscá.la, com os pulmöes quase a saltar cá para fora!


geisers


8 da manhä, água a 37 graus. hummmm

E ao terceiro dia, regressámos a Uyuni. Muitos km pelo deserto, muias horas dentro do Jeepe, mas valeu a pena. À noite apanhámos o comboio para Oruro, e depois autocarro para La Paz. Aí despedimo-nos do Joe e do Steve, e seguimos com o Emiliano para Coroico, selva sub-tropical, onde se encontra a conhecida estrada da morte, que desce dos 4000 metros para os 1000 por uma estrada de terra com gigantes ravinas sem protecçöes!
Let´s bike it!

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